RELATO DA PROFESSORA ANTONIA ALVES LOPES DE LIMA.

  

    Sou a professora Antonia Alves Lopes de Lima, nascida no dia 23 de Julho de 1944. Filha do casal Rufino Lopes Cardoso e de Vicência Ana da Conceição.

   Em 1963, o prefeito Romualdo Carneiro do Nascimento me ofereceu uma escola do município onde dei início ao meu ofício de educadora. Logo em seguida, foram surgindo cursos de formação  com provas seletiva e nessa aprovação me tornei professora efetiva do estado. Foram 28 anos lecionando em sala de aula, nos anos de 1963 a 1991, onde a  vivência com aqueles alunos me encantava cada vez mais, dedicando-me completamente para fazê-los compreender a leitura e a escrita através da troca do carinho e atenção. Naquela época, os alunos mostrava um respeito ao professor de uma forma que tudo dava certo com relação ao relacionamento e a aprendizagem de ambas partes.

       O ensino se spresentava de forma tradicional, a sala de aula era o lugar onde o professor se afirmava, pois havia um intercâmbio intenso, rico, que por si só gratificava o professor. O ensino era centrado no professor, dos quais o aluno tinha que adquirir conhecimentos impostos mesmo sendo contra sua vontade. O professor era o poder e o aluno apenas obedecia. Tinha um planejamento mensal, que apresentava os tópicos e  nós fazíamos os planos com objetivos, conteúdos, metodologias e avaliação. Isso era repassados através da oralidade, reprodução da escrita, utilizando o quadro e o giz; e quando tinha livros para os alunos  era mais um suporte didático, e  que nos primeiros anos os mesmos não eram muito acessíveis para a aprendizagem dos alunos.

    Com isto, o ensino se apresentava com grande dificuldades devido não existir materiais metodológicos que pudessem inovar a prática pedagógica. A falta de carteiras eram frequentes, dificultando o nosso trabalho em sala de aula. Mas mesmo assim, o professor tinha a fundamental importância de repassar os conhecimentos tendo o retorno dos alunos. Pois mesmo com aquelas dificuldades acontecia  o ensino aprendizagem. Os alunos eram muito interessados tinha a família como a primeira escola , queriam aprender e no mais havia aquele respeito entre professor, aluno e orientador; um sinalizador de possibilidades , um formador que enfrentava muitos desafios porque educar hoje é mais difícil e desafiador.

    O professor hoje, precisa procurar métodos, estratégias que faça com que o aluno goste de aprender sem infadar na sala de aula, que ele fique com prazer e cresça motivado sem aquela cobrança. Hoje o que se vê com  metodologias inovadoras, formações de professores e tudo de direitos que o aluno tem  os   mesmo demonstram desinteresse e falta de respeito em sala de aula.

    No entanto, concluo este relato dizendo a cada professor que dificuldades sempre existirá, pois o desafio é o combustível do nosso dia a dia sem ele permaneceremos mortos e inválidos.

      Agradeço de coração pela bela oportunidade de relatar um pouco da minha história profissional e parabenizar o idealizador desta maravilha de nos oportunizar a recordar a nossa vida como professora do nosso município.