segunda-feira, 30 de maio de 2011

Prazo para inscrição em cursos de qualificação é prorrogado

Formação do professor.

Foi prorrogado até a próxima sexta-feira, 3 de junho, o prazo para que diretores de escolas públicas de educação básica inscrevam os professores de suas escolas em cursos de extensão ou aperfeiçoamento. Os professores, por sua vez, terão até o dia 5 de junho, domingo, para confirmar o seu interesse em realizar o curso. Após esse prazo, as secretarias de educação devem validar as pré-inscrições dos educadores até o dia 16 de junho.

São mais de 86 mil vagas em extensões das mais variadas áreas. Todos os estados têm cursos disponíveis, cuja inscrição, gratuita, é feita pela Plataforma Freire, sistema desenvolvido pelo MEC por meio do qual o professor se inscreve em diversos cursos. A formação, também gratuita, é feita no horário de trabalho do docente, sem aumentar a sua carga horária.

A partir de 18 de junho, a lista dos docentes inscritos em cursos de extensão ou aperfeiçoamento estará disponível na página eletrônica da Plataforma Freire. A lista com os cursos oferecidos em cada estado está disponível na plataforma.

Assessoria de Comunicação Social

Acesse a Plataforma Freire.

ENCERRAMENTO DO PROGRAMA BRASIL ALFABETIZADO EM M.VIEIRA MOSTRA O INTERESSO PELA PRESEVAÇÃO DA NATUREZA

Ser ambientalmente responsável é assumir o compromisso permanente de cuidar do meio ambiente e respeitá-lo, vivendo de forma sensível, racional e consciente do enorme valor que tem cada forma de vida do Planeta” (Berenice Gelhlen Adams)

Pautando-se no pensamento de Berenice Gelhen Adams o Programa Brasil Alfabetizado Etapa 2010, composto por 25 alfabetizadores, 380 alfabetizandos, 22 turmas, sendo 10 turmas na zona urbana distribuída em várias ruas da cidade, 12 turmas na zona rural distribuídas nas seguintes localidades: Juazeiro(2), Junco (2), Vazinha (1), Cacimbas (1), Vila Ana Henrique (1), Barra (1), Fechado (1), Rio do Mestre (2), São José (1), São José (1), Lajes (1). Desenvolveu o Projeto Meio Ambiente: A vida do Planeta Terra, no qual foi subdividido em 4 sub temas: Ar, Fogo, Água e Terra, com o intuito de conscientizar os educandos sobre a importância da preservação do meio ambiente, pois a atual situação do mesmo é preocupante e nos desafia a preservar os recursos naturais.

Nesse sentido, é importante ressaltar a crise ecológica na qual o ser humano enfrenta vez que essa crise evolui em consequência da má administração crescente do meio natural e do crescimento desenfreado das populações humanas, a crise não apenas ameaça suas chances de realizar um modelo de vida condizente com a presente população humana, mas também suas possibilidades de continuar a existir como espécie.

Portanto é necessário presevarmos o meio ambiente do qual fazemos parte, pois estamos vlorizando nossa qualidade de vida e dos nossos filhos e netos.





O encerramento aconteceu com uma belíssima caminhada pelas principais ruas da cidade, onde alfabetizandos e alfabetizadores através de seus trabalhos feito em sala de aula mostraram para toda comunidade a importância de como podemos preservar o nosso planeta. Cada grupo apresentou com segurança e muita dedicação seu tema. Houve poesias e paródias feitas e cantadas pelos próprios educandos. Confira algumas abaixo:

POESIA: PRESERVE O AR E O MEIO AMBIENTE.

Somos todos responsáveis

Pela conseração do meio ambiente

Cada um deve ser um cidadão consciente.

Não poluam o ar

Isso não é legal

pois pode aumentar

O aquecimento global.

O ar não quer poluição

Vamos nos conscientizar

Poque essa e a próxima geração

Quer ar puro para respirar.

Nossos hábitos devem mudar

Emitir menos fumaça

E as queimadas evitar

Assim, muito vai melhorar.

Vamos todos trabalhar

Nessa tarefa urgente

Vamos todos preservar

O nosso meio ambiente.

PARÓDIA: ÁGUA LIMPA ÁGUA BOA.

Água limpa é bom bom bom

Àgua limpa é bom bom bom

Analisando essa água contaminada

Vamos nos livrar dessa situação precária

Onde a suja cada vez fica mais suja

E a limpa cada vez fica difícil.

E o motivo todo mundo já conhece é que

A água limpa some e a suja aparece

Àgua limpa é bom bom bom

Àgua limpa é bom bom bom

Porque nós queremos água de qualidade

Somos cidadãos com muita dignidade

Queremos beber bem, queremos nos banhar

Com essa água grossa não dá nem pra filtrar.

E o motivo todo mundo já conhece é que

A água limpa some e a suja aparece

Àgua limpa é bom bom bom

Àgua limpa é bom bom bom.




A equipe da Secretaria Municipal de Educação esteve o tempo todo presente durante o programa , onde juntos enfrentamos todos os obstáculos, objetivando a certeza de que tudo o que foi feito valeu apena.Pois o que adquirimos de experiência através dos educandos só nos mostrou o carinho e a satisfação de estarmos sempre juntos; pois cada história de vida e cada momento que nos foi compartilhado foi de grande valia para todos nós.

Após a caminhada, todos comprtilharam com muita alegria e muita satisfação.





POLO CIDADANIA: Ação cidadã em benefício da comunidade

O pólo UAB de Marcelino Vieira e o Curso de Administração pública a distância - UFRN Com o apoio da Prefeitura de Marcelino Vieira realizarão no dia 06 de Junho o "MOVIMENTO PÓLO CIDADANIA - UMA AÇÃO CIDADÃ EM BENEFÍCIO DA COMUNIDADE.

Além das ações de cidadania, ainda haverá sorteio de sorteio de brindes. A iniciativa será realizada no Polo Universitário, das 8h às 12h.

Confira:

a) AÇÃO SOCIAL:
- Corpo de Bombeiro: Instruções sobre primeiros socorros
- Caixa Econômica Federal / Banco do Nordeste: Cartões de Crédito, abrir conta, proposta de crédito, como quitar dívidas.
- EMATER: Uso de defensivos alternativos para controle de pragas, Agricultura Orgânica, valorização do espaço feminino no meio rural, Degustação.
- Assistência a Saúde: Saúde Bucal, distribuição de kits de higiene bucal, distribuição de preservativos, combate a Dengue, informações sobre DST, Pressão Arterial.
- Assistência Social: Cadastro de Bolsa Família, emissão de CPF gratuito, Consultoria Jurídica, CRAS.

b) AÇÃO CULTURAL:
- Apresentação do Grupo de Teatro “Amigos da Arte” – Marcelino Vieira
Peça: “Marcelino Vieira: nossa terra, nossa história nos 50 anos de Paróquia” Autora: Ivanúcia Lopes
- Apresentação do Grupo “Oficina de Teatro” – Sousa
Peça: “Tortura de Amor” Autor: Ariano Suassuna

c) EMPREENDIMENTO:

- Estandes de Grupos parceiros, empresas da região que aderiram ao movimento:
Grupo Recorel ;Grupo Brisanet; Grupo Nova Solução Informática; Grupo Gurupy


RN ganhará 2 unidades de Educação Infantil, 15 quadras esportivas e 2 mil bicicletas

(Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

Em cerimônia realizada hoje pela manhã no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff assinou termo de compromisso para a construção de quadras esportivas escolares e unidades de educação infantil no país. No mesmo evento, o programa do governo federal Caminho da Escola fez a doação de 30 mil bicicletas e capacetes para crianças de diversos municípios brasileiros.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), mais de 300 municípios foram beneficiados com a assinatura do acordo, que vai garantir a criação de 454 quadras esportivas cobertas e de 138 unidades de educação infantil, inclusive Mossoró, com duas unidades. Esses investimentos fazem parte do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), instituído em 2007, e contarão com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), estimados em R$ 370 milhões.
O objetivo do projeto é que as novas quadras esportivas, que funcionarão nas unidades de educação infantil, propiciem espaço e ambiente que favoreçam a formação das crianças. Os espaços a serem construídos prevêem ambientes de uso pedagógico, administrativo, recreativo, esportivo e de alimentação, como salas de leitura e de informática, fraldários, bibliotecas e áreas cobertas para a prática de esportes.
Segundo previsão do MEC, até 2014, o Proinfância deve atingir a meta de 6 mil unidades de educação infantil e 6.116 quadras esportivas em todo o país.
Os municípios do RN que ganharão quadras de esportes são: Alto do Rodrigues, Apodi, Ceará-Mirim, Currais Novos, Extremoz, Governador Dix-sept Rosado, João Câmara, Jucurutu, Monte Alegre, Poço Branco, São Gonçalo do Amarante, São Paulo do Potengi, Serra Negra do Norte, Serrinha e Taipu.
Programa Caminho da Escola
Na mesma cerimônia, foram doadas 30 mil bicicletas e capacetes a prefeituras de 81 municípios brasileiros. A ação faz parte do programa Caminho da Escola, criado pelo governo federal em 2007. Segundo o MEC, o projeto partiu de um estudo no qual ficou constatado que um número considerável de crianças brasileiras percorre a pé distâncias entre dois e 12 quilômetros, de casa até a escola ou ponto de embarque do transporte escolar. E essa realidade se deve à dificuldade de acesso de veículos automotores às suas residências. Visando a redução no tempo desses trajetos e a diminuição do desgaste físico dos alunos, o Caminho da Escola passou a distribuir bicicletas como um meio de transporte viável para esses alunos, auxiliando no trajeto de pequenas e médias distâncias, sem poluir o meio ambiente. A expectativa do MEC é que essa diminuição no desgaste físico dos alunos possa elevar seu rendimento escolar e a frequência às aulas.
Os municípios potiguares contemplados com o programa são: Marcelino Vieira (500 bicicletas), Rui Barbosa (250), São Tomé (500), Umarizal (300), Vera Cruz (300)e Viçosa (150).
(Do blog Ana Cadengue - Com informações da Presidência da República e Assessoria de Imprensa do Ministério da Educação)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Estudante tem prazo até 30 de junho para renovar o contrato


Estudante tem prazo até 30 de junho para renovar o contrato

Alunos de cursos de graduação em instituições particulares de ensino podem pedir o financiamento em qualquer etapa do curso e em qualquer mês (foto Wanderley Pessoa)O prazo de aditamento (renovação) dos contratos do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) está aberto a partir desta segunda-feira, 23, e se estenderá até 30 de junho. A revisão dos contratos é necessária a cada seis meses. O procedimento foi simplificado.

A partir de agora, o estudante financiado deve acessar a página eletrônica do Sistema Informatizado do Fies (SisFies), no Portal do Ministério da Educação ou do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e conferir e confirmar dados pessoais, dos fiadores, valores das parcelas, entre outros itens. Para isso, deve utilizar o CPF e a senha já cadastrados no sistema.

O estudante que contratou o financiamento com garantia do Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc) terá o aditamento, assim que concluído no sistema, enviado imediatamente de forma eletrônica para validação da Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA). A comissão analisa e valida informações e procedimentos exigidos pelas normas do fundo, nas etapas de inscrição do estudante, contratação e aditamentos. Constituída nos locais de oferta nas sedes e campi das instituições de ensino, a CPSA é integrada por estudantes, professores e representantes da administração da instituição. Após a validação do processo, o sistema encaminha o arquivo eletrônico à instituição financeira. “Um dos ganhos de celeridade do processo é que, no mesmo dia, será confirmado o aditamento entre os agentes envolvidos”, afirma o diretor financeiro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Antônio Corrêa Neto.

Os demais contratos, com fiança convencional e solidária, firmados na modalidade simplificado terão a mesma agilidade. Nesse caso, o estudante segue o procedimento sem precisar comparecer ao banco. Sua presença será exigida somente em caso de contratos aditados na modalidade não simplificado — esse tipo de renovação decorre de alterações nas cláusulas contratuais do financiamento. “O importante é que o estudante inicia o aditamento verificando e confirmando os dados cadastrais no programa e acompanha a evolução do financiamento”, complementa Corrêa Neto.

Pedido
— Os estudantes podem pedir o financiamento em qualquer etapa do curso e em qualquer mês. Têm direito ao benefício aqueles matriculados em cursos de graduação com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), oferecidos por instituição de educação superior particular participante do Fies. Outro requisito é a participação do estudante no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O pedido de financiamento é restrito a um único curso de graduação, no qual o estudante esteja regularmente matriculado — o estudante não pode estar com a matrícula trancada.

Desde que as inscrições foram abertas em 31 de janeiro deste ano, 48.324 contratos foram firmados. Cerca de 22 mil estudantes estão em fase de contratação do financiamento. Juros anuais de 3,4% e mais prazo para quitação do financiamento, além da criação do (Fgeduc), fazem parte das regras que desburocratizaram o Fies em 2010. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal são os agentes financeiros.

Para fazer a renovação, o estudante dever ter acesso ao Sistema Informatizado do Fies (SisFies). É necessário informar o CPF e a senha já cadastrados no sistema. A partir daí, conferir e confirmar dados pessoais, dos fiadores e valores das parcelas, entre outros itens.

Inscrições estão abertas e vão até 10 de junho; provas em 22 e 23 de outubro


Estão abertas, a partir desta segunda-feira, 23, até 10 de junho, as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011, que terá provas nos dias 22 e 23 de outubro. As inscrições devem ser feitas pela internet.

A taxa de inscrição, de R$ 35 deve ser paga até 13 de junho, no Banco do Brasil. Estão isentos os estudantes matriculados e cursando o último ano do ensino médio (concluintes) em instituições públicas de ensino. Também pode pedir a isenção o estudante integrante de família de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade financeira, conforme o Decreto nº 6.135, de 26 de junho de 2007.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela realização do Enem, adverte sobre a importância de o estudante, ao fazer a inscrição, prestar informações verdadeiras e exatas, para não correr o risco tê-la cancelada. Ao ter acesso à página de inscrição no Enem, o estudante deve informar os números do cadastro de pessoa física (CPF) e do documento de identidade (RG). Após informar esses dados, verá uma tela com dados pessoais — nome completo, nome da mãe e sexo —, resgatados diretamente do banco de dados da Receita Federal. Se houver informação incorreta, o candidato deve pedir a correção à Receita. Após confirmar os dados, é necessário preencher outras informações pessoais, como cor e raça e endereço, todas obrigatórias. Dados como telefone e e-mail são opcionais, mas serão necessários em caso de perda da senha de acompanhamento. Todos os dados informados devem ser do candidato, mesmo que seja menor de idade.

Especial — Na mesma página eletrônica, o estudante deve dizer se há ou não necessidade de atendimento especial. Se precisar desse atendimento, tem de indicar a deficiência ou a condição em que se encontra. É fundamental, ainda, informar se professa religião que guarda os sábados ou se estuda em classe hospitalar.

No campo seguinte da página, cabe indicar a opção de língua estrangeira (inglês ou espanhol) e escolher o estado e o município em que pretende fazer a prova. Após a escolha, aparecerá a opção de senha, que será usada para o acompanhamento da inscrição, obtenção dos resultados e inscrição no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e no Programa Universidade para Todos (ProUni). Após esse processo, o candidato confirmará se a língua estrangeira e a cidade estão corretas.

Na próxima etapa, o candidato precisa informar a situação escolar. Se já tiver concluído o ensino médio, indicará em que ano e a modalidade de ensino (regular, educação de jovens e adultos ou educação especial). Se estiver cursando o último ano, informará se a escola em que estuda é pública ou particular, a série e a modalidade de ensino.

Certificação — Se o candidato estiver fazendo prova para obter a certificação de conclusão no ensino médio, precisa dizer se já cursou a educação de jovens e adultos e em qual estado e instituição pretende se certificar — para obter certificação pelo Enem, o candidato deve ter, no mínimo, 18 anos completos. A mesma opção aparecerá para os candidatos que ainda estão estudando, mas concluirão os estudos após 2011, e para aqueles que não estão estudando nem cursando o ensino médio.

Questionário — O questionário socioeconômico, desde o ano passado, tem de ser respondido no momento da inscrição, após o candidato concluir as etapas anteriores. Assim que terminar de responder o questionário socioeconômico, o estudante deve conferir as informações prestadas. Caso haja correções, terá de concluir o processo e voltar à página inicial.

Para confirmar a inscrição, o candidato fará opções entre gerar boleto ou declarar carência. No primeiro caso, é necessário imprimir o documento e pagar a taxa em qualquer agência do Banco do Brasil, dentro do prazo de vencimento — até 13 de junho. O comprovante de inscrição estará acessível no sistema eletrônico do Enem até três dias úteis após o pagamento do boleto. Já o cartão de confirmação será enviado ao endereço informado pelo candidato no momento da inscrição — o número de acompanhamento estará acessível no sistema.

CPF — Os candidatos de qualquer idade que ainda não têm o CPF devem fazer logo o pedido em agências do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal ou nos Correios. A taxa é de R$ 5,70. Quem estiver fora do país pode apresentar o pedido nas representações diplomáticas, sem custos. Os pedidos de órgãos da administração pública, em razão da incapacidade do comparecimento da pessoa física, caso dos órgãos carcerários, devem ser feitos diretamente na Receita Federal. Após o pedido e o pagamento, o número do CPF estará disponível para consulta em até 48 horas, na página da Receita Federal.

Mais informações sobre as provas do Enem, passo a passo, na página do Inep.








domingo, 22 de maio de 2011

Como atrair os pais para a escola

Veja como é possível estreitar a relação com a família e formar uma parceria produtiva

Foto: Daniel Aratangy

Todo educador sabe que o apoio da família é crucial no desempenho escolar. Pai que acompanha a lição de casa. Mãe que não falta a nenhuma reunião. Pais cooperativos e atentos no desempenho escolar dos filhos na medida certa. Esse é o desejo de qualquer professor.

Segundo um estudo publicado no Journal of Family Psychology, da Associação Americana de Psicologia, as crianças que freqüentam festas e reuniões familiares têm mais saúde, melhor desempenho escolar e maior estabilidade emocional. E mesmo o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), de 1999, apontou que nas escolas que contam com a parceria dos pais, onde há troca de informações com o diretor e os professores, os alunos aprendem melhor.

Diversos educadores brasileiros também defendem que a família realize um acompanhamento da escola, verificando se seus objetivos estão sendo devidamente alcançados.

Essa atuação dos pais ainda é bem rara, de acordo com os resultados de pesquisa realizada no ano passado pelo Observatório do Universo Escolar. A instituição, um braço do Instituto La Fabbrica do Brasil, parceira do Ministério da Educação, ouviu mais de 100 pais e educadores da rede pública e privada de todo país e constatou que só 13% das escolas públicas mantêm um relacionamento próximo com a família. Por outro lado, 43,7% dos pais de alunos da rede pública acreditam que, se fossem promovidos mais encontros e palestras interessantes, haveria maior integração com a escola.

Por que pais e professores ainda não conseguem se entender? Segundo a mesma pesquisa, a maior parte dos educadores atribui aos pais a origem dos problemas de disciplina. E apontam como fatores o novo modelo familiar, no qual os adultos permanecem pouco tempo em casa, ou ainda aquele que apresenta uma organização diferente da tradicional.

Hoje há uma confusão de papéis, cobranças para as duas instituições e novas atribuições profissionais para você. "Parece haver, por um lado, uma incapacidade de compreensão por parte dos pais a respeito daquilo que é transmitido pela escola. Por outro lado, há uma falta de habilidade dos professores em promover essa comunicação", afirma outro estudioso do assunto, o professor Vítor Paro, também da USP.

A escola deve utilizar todas as oportunidades de contato com os pais para passar informações relevantes sobre seus objetivos, recursos, problemas e também sobre as questões pedagógicas. Só assim eles vão se sentir comprometidos com a melhoria da qualidade escolar. Muitas instituições não informam à família sobre o trabalho ali desenvolvido e isso dificulta o diálogo. "Ou os pais cobram o que não deveria ser cobrado ou ficam desmotivados e não participam de uma comunidade que não deixa claros seus objetivos e dinâmicas", afirma Márcia.

Como melhorar a relação

A discussão deve avançar na procura das melhores oportunidades de promover um encontro positivo entre pais e professores. Para isso acontecer, alguns conceitos precisam ser revistos.

Perceba a construção da família atual e não mistifique o modelo do passado como ideal.

Tenha claro que é direito dos responsáveis pelos estudantes opinar, fazer sugestões e participar de decisões sobre questões administrativas e pedagógicas da escola. "A educação é um serviço público, e o pai, um cidadão que deve acompanhar e trabalhar pela melhoria da qualidade do ensino", afirma a consultora pedagógica Raquel Volpato, de Botucatu (SP).

Apóie a Associação de Pais e Mestres, para que ela não se restrinja a apenas arrecadar dinheiro. Não dá para contar com os pais apenas na organização de festas.

Para que as reuniões tenham quórum, é preciso ter objetivos bem definidos e conhecer as famílias e a comunidade em que a escola está inserida. Planejamento é essencial. "A reunião não pode ser vista como uma prestação de contas", diz a pedagoga Márcia Argenti Perez.

Reflita sobre os preconceitos e as discriminações existentes na escola. Não é necessariamente o grau de instrução do pai e da mãe que motiva uma criança ou um adolescente a estudar, mas o interesse em participar de suas lições de casa e da vida escolar. "Como muitos pais têm um histórico de exclusão e fracasso escolar, existe medo e vergonha de trocar idéias e conversar com os educadores", afirma Márcia.

Não parta do princípio de que a família precisa ser ajudada pela escola e sim de que a escola precisa dela.

Todo diretor tem que dar conta da participação familiar e para isso a gestão não pode ser autoritária.

REVISTA NOVA ESCOLA -EDIÇÃO 166

sexta-feira, 20 de maio de 2011

MERENDA ESCOLAR: Prefeitura lança chamada pública

A Prefeitura Municipal de Marcelino Vieira em obediência a lei 11.947 de 2009, que determina que no mínimo 30% dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE, sejam destinados a compra de gêneros alimentícios provenientes da agricultura familiar, vem a público dar ampla divulgação ao Edital nº 00001/2011 visando o credenciamento de grupos formais ou grupos informais para o fornecimento de gêneros alimentícios da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural.
Os grupos formais ((Pessoa Jurídica) ou informais (Pessoa física/agricultores familiares) deverão apresentar a documentação e projeto de Venda entre os dias 13 e 27 do mês de maio do ano de 2011. Na sala da CPL, localizada na sede da Prefeitura municipal de Marcelino Vieira/RN, no horário das 08h00min às 13h00min.
Os editais estão publicados na Prefeitura Municipal, EMATER e Sindicato dos Trabalhadores Rurais, os trabalhadores interessados deverão no prazo determinado no edital, conparecer a uma dessa instituições para obter maiores informações.

O Edital pode ser baixado no seguinte endereço:

quarta-feira, 18 de maio de 2011

FESTA DE SANTO ANTONIO 2011: programação será divulgada na próxima semana


Em menos de 15 dias terá início a festa do padroeiro Santo Antonio 2011. A partir do próximo dia 1º de junho, diferentemente dos outros anos em que se celebravam novenas, este ano teremos treze noites de novenário do padroeiro. Serão 13 noites de celebrações.

Este ano, a paróquia vive o seu jubileu de ouro, e a programação geral, que estará disponível, provavelmente na próxima semana, contará com festividades religiosas e sociais.

Aguardamos a programação para em breve divulgarmos.

Sesap divulga novos números da dengue

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou, nesta terça-feira (17), por meio do Programa Estadual de Controle da Dengue, o novo boletim epidemiológico da doença. Desde o início do ano até o último dia 07, o RN contabiliza um total de 11.746 casos notificados, dos quais 2.934 foram confirmados.
Conforme os últimos dados, o quantitativo de municípios do Estado que apresentam incidência alta da doença corresponde a 70, enquanto 46 estão com média, 45 com baixa e 6 com incidência silenciosa. O município de Natal permanece com incidência alta, registrando o maior número de notificações do RN (3.171). Em seguida, estão os seguintes municípios: Mossoró (1.135), Parnamirim (875), Santa Cruz (534), João Câmara (526), Pau dos Ferros (384), Macaíba (379), São Gonçalo do Amarante (362), Nova Cruz (331) e São Paulo do Pontegi (238).
O Programa Estadual de Controle da Dengue alerta a população para a importância das medidas de prevenção, principalmente por meio da eliminação de criadouros, para combater a dengue. Além disso, a Sesap prossegue com a operação com os carros-fumacê (Ultra Baixo Volume – UBV), nos municípios onde há alta transmissão da doença.

domingo, 15 de maio de 2011

Universidades têm até o dia 20 de maio para aderir ao ProUni

As instituições de ensino superior interessadas em participar do processo seletivo do segundo semestre do Programa Universidade para Todos (ProUni) têm prazo até o dia 20 de maio para emitir o termo de adesão. Segundo o Ministério da Educação (MEC), o mesmo prazo vale para aquelas que já participam do programa providenciarem o termo aditivo.

Criado em 2005, o ProUni oferece bolsas de estudos integrais e parciais (50% da mensalidade) a estudantes em instituições particulares de educação superior. Desde o início do programa, 863 mil bolsas foram concedidas a estudantes com renda familiar de até três salários mínimos.

Enem terá duas edições em menos de um ano, diz MEC

Prova deverá acontecer nos dias 22 e 23 de outubro.
Ministério prepara uma outra edição para maio de 2012.

Candidatos entram para fazer o Enem em 2010 em São Paulo (Foto: Daigo Oliva/G1)
Candidatos entram para fazer o Enem em 2010 em
São Paulo (Foto: Daigo Oliva/G1)
O Ministério da Educação (MEC) vai publicar na próxima semana o edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Serão realizadas duas edições do exame em menos de um ano. A primeira deverá acontecer nos dias 22 e 23 de outubro. A outra prova deve ser marcada para maio de 2012. A assessoria do MEC confirma as duas edições neste período, mas as datas oficiais serão anunciadas no edital.

Com uma prova marcada para o primeiro semestre de 2012, confirma-se a intenção do MEC em aplicar duas edições do Enem por ano. Em recente entrevista ao G1, o ministro Fernando Haddad disse que a realização de duas edições "dependeria de muita gente", como os organizadores, gráficas e esquema de segurança envolvidos, e que o processo seria aperfeiçoado para evitar problemas em edições passadas, como o vazamento de provas em 2009 e os erros de impressão em um lote de provas em 2010. "Eu, sinceramente, acho que o processo de 2010 foi muito melhor que o de 2009. Então, eu entendo que o de 2011 será melhor que o de 2010", disse o ministro.

O MEC deu início em 2009 a um projeto de substituição dos vestibulares tradicionais pelo Enem. A partir do resultado da prova, os alunos se inscrevem no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e podem pleitear vagas em instituições públicas de ensino superior de todo o país. No ano passado, foram ofertadas 83 mil vagas em 83 instituições, sendo 39 universidades federais.

Em 2010, mais de 4 milhões de candidatos se inscreveram para participar do exame.A participação no Enem também é pré-requisito para os estudantes interessados em uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni). No total, 59 instituições utilizaram o Enem integral ou parcialmente como forma de acesso dos candidatos no ingresso à universidade.

Fontre: G1

quinta-feira, 12 de maio de 2011

PROCESSOS SELETIVOS PARA OS CURSOS TÉCNICOS: 1.593 NOVAS VAGAS NOS CURSOS DO IFRN

A Pró-reitoria de Ensino divulgou desde a ultima terça feira (03) os editais dos processos seletivos para os cursos técnicos subsequentes, graduação (licenciaturas), pós-graduação e dos cursos técnicos de nível médio integrados na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o Proeja.

O período de inscrição para todos os processos seletivos começa a partir das 14h do dia 10 e segue até às 22h do dia 29 de maio. O endereço para efetuar a inscrição é o http://selecao.ifrn.edu.br/ . As 1.593 vagas para ingresso no segundo semestre estão distribuídas da seguinte forma:


Via blog de Emídio Sena

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A MÚSICA BRASILEIRA E A CENSURA DA DITADURA MILITAR

Quando o golpe militar foi deflagrado, em 1964, ironicamente o Brasil tinha na época, os movimentos de bases político-sociais mais organizados da sua história. Sindicatos, movimento estudantil, movimentos de trabalhadores do campo, movimentos de base dos militares de esquerda dentro das forças armadas, todos estavam engajados e articulados em entidades como a UNE (União Nacional dos Estudantes), o CGT (Comando Geral dos Trabalhadores), o PUA (Pacto da Unidade e Ação), etc, que tinham grande representatividade diante dos destinos políticos da nação. Com a implantação da ditadura, todas essas entidades foram asfixiadas, sendo extintas ou a cair na clandestinidade. Em 1968, os estudantes continuavam a ser os maiores inimigos do regime militar. Reprimidos em suas entidades, passaram a ter voz através da música. A Música Popular Brasileira começa a atingir as grandes massas, ousando a falar o que não era permitido à nação. Diante da força dos festivais da MPB, no final da década de sessenta, o regime militar vê-se ameaçado. Movimentos como a Tropicália, com a sua irreverência mais de teor social-cultural do que político-engajado, passou a incomodar os militares. A censura passou a ser a melhor forma da ditadura combater as músicas de protesto e de cunho que pudesse extrapolar a moral da sociedade dominante e amiga do regime. Com a promulgação do AI-5, em 1968, esta censura à arte institucionalizou-se. A MPB sofreu amputações de versos em várias das suas canções, quando não eram totalmente censuradas.Para censurar a arte e as suas vertentes, foi criada a Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP), por onde deveriam previamente, passar todas as canções antes de executados nos meios públicos. Esta censura prévia não obedecia a qualquer critério, os censores poderiam vetar tanto por motivos políticos, ou de proteção à moral vigente, como por simplesmente não perceberem o que o autor queria dizer com o conteúdo. A censura além de cerceadora, era de uma imbecilidade jamais repetida na história cultural brasileira.

Os Perseguidos do Pré-AI-5
Antes mesmo de deflagrado o AI-5, alguns representantes incipientes da MPB já eram vistos pelos militares como inimigos do regime, entre eles, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Taiguara e Geraldo Vandré.A intervenção de Caetano Veloso era mais no sentido da contracultura do que contra o regime militar. Os tropicalistas estavam mais próximos dos acontecimentos do Maio de 1968 em Paris, do que das doutrinas de esquerda que vigoravam na época, como o marxismo-leninismo soviético e o maoísmo chinês. Mas os militares não souberam identificar esta diferença, perseguindo Caetano Veloso e Gilberto Gil pela irreverência constrangedora que causavam. Na época da prisão dos dois cantores, em dezembro de 1968, os militares tinham de concreto contra eles, a acusação de que tinham desrespeitado o Hino Nacional, cantando-o aos moldes do tropicalismo na boate Sucata, e uma ação que queria mover um grupo de católicos fervorosos, ofendidos pela gravação do “Hino do Senhor do Bonfim” (Petion de Vilar – João Antônio Wanderley), no álbum “Tropicália ou Panis et Circenses” (1968). Juntou-se a isto a provocação de Caetano Veloso na antevéspera do natal de 1968, ao cantar “Noite Feliz” no programa de televisão “Divino Maravilhoso”, apontando uma arma na cabeça. O resultado foi a prisão e o exílio dos dois baianos em Londres, de 1969 a 1972.Ainda do repertório do álbum mítico “Tropicália ou Panis et Circenses” , a música “Geléia Geral” (Gilberto Gil – Torquato Neto), sofreu o veto da censura por ser considerada de conteúdo política contestatória, além de segundo os censores, fazer um retrato equivocado da situação pela qual passava o país.Ao retornar do exílio, Caetano Veloso e Gilberto Gil sofreram com a perseguição da ditadura e da censura. Em 1973, Caetano Veloso teve a sua canção “Deus e o Diabo”, vetada por causa do último verso “Dos bofes do meu Brasil”. Diante do veto, a gravadora solicitou recurso, foi sugerido pelo censor que o autor substituísse a palavra “bofes”. Mas um segundo censor menciona os versos “o carnaval é invenção do diabo que Deus abençoou” e “Cidade Maravilhosa/ Dos bofes do meu Brasil”, como ofensivos às tradições religiosas. Em 1975, o álbum “Jóia” trazia na sua capa Caetano Veloso, sua então mulher Dedé e o filho Moreno, completamente nus, com o desenho de algumas pombas a cobrir-lhe a genitália. Censurada, o álbum foi relançado com uma nova capa, onde restaram apenas as pombas.Geraldo Vandré tornou-se o inimigo número um do regime militar. A sua canção “Caminhando (Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores)”, que ficou com o polêmico segundo lugar no Festival Internacional da Canção, em 1968, tornou-se um hino contra a ditadura militar, cantado por toda a juventude engajada do Brasil de 1968. Esta canção, afirmam alguns analistas de história, foi uma das responsáveis pela promulgação do AI-5. Ficou proibida de ser cantada e executada em todo país. Só voltaria a ser ressuscitada em 1979, após a abertura política e a anistia, quando a cantora Simone a cantou em um show, no Canecão. Perseguido pelo regime, Geraldo Vandré esteve exilado de 1969 a 1973. Após o exílio, jamais conseguiu recuperar a carreira interrompida pela censura da ditadura militar. Calava-se uma expressiva carreira emprestada ao combate à ditadura.Taiguara, uma das mais belas vozes masculinas da MPB, interpretou com maestria diversos gêneros musicais. Foi um dos cantores que mais se opôs contra a repressão da ditadura militar. Sua obra pagou o preço da perseguição e da censura. Deparou-se com a atenção da censura em 1971, que esteve atenta às canções do álbum “Carne e Osso”. Em 1973 teve 11 músicas proibidas. Perseguido pela censura, Taiguara teve muitas das suas músicas assinadas por Ge Chalar da Silva, sua esposa na época. Exilado em Londres, Taiguara gravou o álbum “Let the Children Hear the Music“, em inglês. O disco foi proibido de ser lançado, pela EMI, por decisão da polícia federal brasileira. O compositor recorreu ao Conselho Superior de Censura, em 1982, tendo o disco finalmente liberado.
Chico Buarque, o Alvo Predileto da Censura Militar
Tendo silenciado e asfixiado Geraldo Vandré, os militares elegeram o seu novo inimigo do regime: Chico Buarque de Hollanda. No período que durou a censura e o regime militar, Chico Buarque foi o compositor e cantor mais censurado. A sua obra sofreu respingos da censura em todas as vertentes, tanto nas canções de protesto, quanto nas que feriam os costumes morais da época.Os problemas de Chico Buarque com a censura começaram junto com a sua carreira. Em 1966, a música “Tamandaré”, incluída no repertório do show “Meu Refrão”, com Odete Lara e MPB-4, é proibida após seis meses em cartaz, por conter frases consideradas ofensivas ao patrono da marinha. Era o começo de um longo namoro entre a censura e a obra de Chico Buarque.Exilado na Itália, de 1969 a 1970, Chico Buarque sofreria com a perseguição da censura após o retorno ao Brasil. Em 1970, recém chegado do exílio, o compositor enviou a música “Apesar de Você” para a aprovação da censura, tendo a certeza que a música seria vetada. Inesperadamente a canção foi aprovada, sendo gravada imediatamente em compacto, tornando-se um sucesso instantâneo. Já se tinha vendido mais de 100 mil cópias, quando um jornal comentou que a música referia-se ao presidente Médici. Revelado o ardil, o exército brasileiro invadiu a fábrica da Philips, apreendendo todos os discos, destruindo-os. Na confusão, esqueceram de destruir a matriz.Em 1973 Chico Buarque sofreria todas as censuras possíveis. A peça “Calabar, ou o Elogio à Traição”, escrita em parceria com Ruy Guerra, foi vetada pela censura. As conseqüências da proibição viriam no seu álbum, “Calabar”, também daquele ano. A capa do disco trazia a palavra “Calabar” pichada num muro. Os censores concluíram que aquela palavra pichada tinha um significado subversivo, o que resultou na proibição da capa. A resposta de Chico Buarque foi lançar o álbum com uma capa totalmente branca e sem título. O disco trazia o registro das canções da peça vetada, por isto teve várias músicas (todas elas em parceria com Ruy Guerra) que amargaram nas malhas da censura. “Vence na Vida Quem Diz Sim” teve a letra totalmente censurada, sendo gravada no disco uma versão instrumental; “Ana de Amsterdam” teve vários trechos censurados. “Não Existe Pecado ao Sul do Equador”, que fazia parte deste disco, alcançaria grande sucesso quando gravada por Ney Matogrosso, em 1978, quando foi escolhida como tema de abertura da novela da tevê Globo “Pecado Rasgado”, na versão original da música o verso “Vamos fazer um pecado safado debaixo do meu cobertor“, foi substituído por “Vamos fazer um pecado rasgado, suado, a todo vapor“. “Fado Tropical” teve proibido parte de um texto declamado por Ruy Guerra, além da frase “além da sífilis, é claro”, herança portuguesa, segundo a personagem Mathias, no sangue brasileiro. “Bárbara”, um dueto entre as personagens Ana de Amsterdam e Bárbara, teve cortada a palavra “duas”, por sugerir um relacionamento homossexual entre elas. Tanto “Ana de Amsterdam” quanto “Bárbara”, já tinham sofrido os mesmos cortes no álbum “Caetano e Chico Juntos Ao Vivo”, ali substituídos por palmas. Ainda no registro do encontro de Chico Buarque e Caetano Veloso, além da censura às duas canções citadas, “Partido Alto” (Chico Buarque), interpretada por Caetano Veloso, sofreu alterações na letra, sendo substituídas as palavras “brasileiro” por “batuqueiro” e “pouca titica” por “pobre coisica”.Diante de tantas mutilações da censura, o álbum “Calabar”, com capa branca, de Chico Buarque, foi um fracasso de vendas. Após o fracasso comercial , a Philips decidiu recolher o disco com capa branca, relançando-o semanas depois, com uma nova capa, trazendo apenas com uma fotografia do artista, de perfil, com o título “Chico Canta”.Naquele ano de 1973, a música “Cálice” (Chico Buarque – Gilberto Gil), foi proibida de ser gravada e cantada. Gilberto Gil desafiou a censura e cantou a música em um show para os estudantes, na Politécnica, em homenagem ao estudante de geologia da USP Alexandre Vanucchi Leme (o Minhoca), morto pela ditadura. Ainda naquele ano, no evento “Phono 73”, festival promovido pela Polygram, Chico Buarque e Gilberto Gil tiveram os microfones desligados quando iriam cantar “Cálice”, por decisão da própria produção do show, que não quis criar problemas com a ditadura.Em 1974 a censura não dá tréguas ao artista. Impedido de gravar a si mesmo, Chico Buarque lança um disco, Sinal Fechado (1974), com composições de outros autores. Diante de tantas canções vetadas, a sofrer uma perseguição acirrada, Chico Buarque cria os pseudônimos de Julinho da Adelaide e Leonel Paiva. É sob o heterônimo do Julinho da Adelaide que a censura deixa passar canções de críticas inteligentes à ditadura, lidas nas entrelinhas: “Jorge Maravilha”, que trazia o verso “Você não gosta de mim mas sua filha gosta”, que era lida como uma referência ao então presidente Geisel, cuja filha Amália Lucy, teria dito em entrevista, que admirava as canções do Chico Buarque. “Acorda Amor”, outra canção liberada do Julinho da Adelaide, era uma referência clara aos órgãos da repressão, que vinham buscar cidadãos suspeitos de subversivos em suas casas, levando-os em uma viatura, desaparecendo com eles. Diante da polícia repressiva, ele chamava pelo ladrão. “Milagre Brasileiro” também levou a assinatura de Julinho da Adelaide.Outro clássico da MPB que sofreu uma censura moralista foi “Atrás da Porta” (Chico Buarque – Francis Hime), o verso original “E me agarrei nos teus cabelos, nos teus pêlos”, seria substituído por “E me agarrei nos teus cabelos, no teu peito”, a censura achava a palavra “pêlos” de caráter indecente.Outra canção vetada de Chico Buarque foi “Tanto Mar”, uma homenagem do artista à Revolução dos Cravos em Portugal. Por ter sido uma revolução considerada socialista, a canção foi proibida. Seria gravada no álbum “Chico Buarque & Maria Bethânia Ao Vivo” (1975), numa versão instrumental. Mais tarde, em 1978, seria liberada com uma outra letra. Curiosamente, a versão original, sem cortes e cantada de “Tanto Mar”, consta no mesmo álbum “Chico Buarque & Maria Bethânia Ao Vivo” lançado em Portugal.Quando o AI-5 foi extinto, em 1978, Chico Buarque vingou-se dos anos de censura, gravou “Cálice”, regravou “Apesar de Você”, além de criar músicas provocantes, que afrontavam à moral da época, como “Folhetim“, que descrevia uma prostituta, ou “Geni e o Zepelim” e “Não Sonho Mais”, temas de dois travestis, Genivaldo da peça “A Ópera do Malandro” e Eloína, do filme “A República dos Assassinos”, respectivamente.

1973, o Ano Negro da Censura às Músicas da MPB
Chico Buarque não teria sido o único cantor da MPB a sofrer mutilações na sua obra naquele opressivo ano de 1973. O endurecimento deve-se à volta das manifestações estudantis, nos últimos anos bruscamente combalidas, resultado das perseguições aos líderes do movimento, que estavam em sua maioria presos, exilados ou desaparecidos. Outro disco mutilado pela censura naquele ano foi “Milagre dos Peixes”, de Milton Nascimento, lançado em LP e compacto simples. Do álbum seriam vetadas as canções: “Hoje é Dia d’El Rey” (Márcio Borges – Milton Nascimento), “Os Escravos de Jó” (Milton Nascimento – Fernando Brant) e “Cadê” (Milton Nascimento – Ruy Guerra). Uma das faixas proibidas teria a participação de Dorival Caymmi, com a sua exclusão, não aconteceu esta participação. “Diálogo Entre Pai e Filho” teve uma única frase que não foi proibida: “Meu filho”. Diante da censura, Milton Nascimento gravou apenas as melodias das canções vetadas.Foi no tumultuado ano de 1973, que a banda Secos & Molhados explodiu, conquistando o país inteiro. O público dos Secos & Molhados, devido à proposta inovadora e ao seu carisma, era composto por todas as idades, inclusive por crianças e por adolescentes. Os três integrantes da banda eram Ney Matogrosso, Gerson Conrad e João Ricardo, que se apresentavam com os rostos pintados. Ney Matogrosso além de trazer a cara pintada, tinha uma voz de timbre totalmente diferente da de um homem cantor, um aspecto andrógeno e apresentava-se entre plumas, sem camisa. Os pêlos do peito do cantor e os seus frenéticos rebolados, incomodaram à censura, à moral e aos seus bons costumes vigentes, que proibiu que as câmeras da televisão focassem o cantor de perto, sendo permitido apenas aparecer o rosto em close. Assim apareceriam os Secos & Molhados em um clipe do recém estreado “Fantástico”, programa da Rede Globo.Além da capa de “Calabar”, também em 1973, Gal Costa teve censurada a capa do disco “Índia”, por trazer um close frontal da cantora vestida de uma tanga minúscula, e na contra-capa fotografias da mesma de seios nus, vestida de índia. A gravadora Philips comercializou o álbum coberto por um envelope opaco, de plástico azul. Do mesmo álbum, a música “Presente Cotidiano”, de Luiz Melodia, foi proibida de tocar em rádios e locais públicos. Em 1984, já no fim da ditadura, pós Diretas Já, Gal Costa teria outra canção proibida pela censura de ser tocada em público: “Vaca Profana” (Caetano Veloso), do álbum “Profana”.Ainda naquele tenso 1973, uma reportagem da revista Veja, dava conhecimento de que o álbum de Gonzaguinha, “Luiz Gonzaga JR.” (1973), era resultado do corte feito pela censura de 15 músicas.Ainda em 1973, Raul Seixas teria 18 composições vetadas pela censura. Luiz Melodia, além de ter “Presente Cotidiano” proibida de ser executada nas rádios, teve várias palavras excluídas ou alteradas das canções do seu disco de estréia, e várias músicas vetadas na íntegra.

Linguagem Poética e Coloquial Sofrem Censuras
Na ignorância cega da censura, sem uma lógica que a sustentasse, até o poeta Mário de Andrade foi vetado. O fato inusitado aconteceu em 1970, quando a gravadora Festa decidiu homenagear os 25 anos da morte do poeta, preparando um disco com alguns dos seus mais conhecidos poemas. Após ser submetido à censura, o projeto teve seis poemas proibidos, entre eles “Ode ao Burguês” e “Lira Paulistana”. Os vetos foram justificados pelos censores como estéticos, “falta de gosto”. O que se concluía era que, os censores jamais tinham ouvido falar em Mário de Andrade, confundindo-o com um autor vulgar do Brasil da época.Outro exemplo eloqüente da ignorância e do despreparo dos censores, foi com o compositor e cantor Adoniran Barbosa. Conhecido como o mais paulistano dos compositores, Adoniran Barbosa usava em suas canções o jeito coloquial de falar dos paulistanos. Não querendo problemas com a censura, em 1973 o artista decidiu lançar um álbum com várias canções já gravadas na década de cinqüenta. Inesperadamente, cinco das suas canções foram vetadas, mesmo não sendo inéditas. Diante da linguagem coloquial de “Samba do Arnesto” (Adoniran Barbosa – Alocin), que trazia nos seus versos “O Arnesto nos convidou prum samba/ Ele mora no Brás/ Móis fumo/ Num encontremo ninguém/ Fiquemo cuma baita duma réiva/ Da outra veiz nóis num vai mais (Nóis num semo tatu)”, o censor só liberaria a música se ele regravasse cantando assim: “Ficamos com um baita de uma raiva/ Em outra vez nós não vamos mais (Nós não somos tatus)”. Na letra da música “Tiro ao Álvaro” (Adoniran Barbosa – Oswaldo Moles), a censora faz um círculo nas palavras “tauba”, “revorve” e “artormove”, concluindo que a “falta de gosto impede a liberação da letra”. Para que pudessem ser aprovadas, “Samba do Arnesto” e “Tiro ao Álvaro”, teriam que virar “Samba do Ernesto” e “Tiro ao Alvo”. Tiveram o mesmo destino “Já Fui uma Brasa” (Adoniran Barbosa – Marcos César), “Eu também um dia fui uma brasa. E acendi muita lenha no fogão” e “O Casamento do Moacir” (Adoniran Barbosa – Oswaldo Moles), “A turma da favela convidaram-nos para irmos assistir o casamento da Gabriela com o Moacir“. “O Casamento do Moacir” foi considerada de “péssimo gosto” pela censora Eugênia Costa Rodrigues. Diante da censura, Adoniran Barbosa não mudou a sua obra, deixou para gravar as músicas mais tarde, quando a burrice já tivesse passado.Outro poeta que teve problemas com a censura foi Vinícius de Moraes. Sua música “Paiol de Pólvora” (Vinícius de Moraes – Toquinho), feita para a trilha sonora de “O Bem-Amado”, foi proibida de ser o tema de abertura da novela, em 1973, por causa do verso “estamos sentados em um paiol de pólvora”, sendo substituída na abertura pela música “O Bem Amado” (Vinícius de Moraes – Toquinho), interpretada pelo coral da Orquestra Som Livre. Também a belíssima canção “Valsa do Bordel” (Vinícius de Moraes – Toquinho), sobre a vida de uma velha prostituta, esteve proibida por dez anos. Vinícius cantava esta música em shows, ironicamente chamando-a de “A Valsa da Pura”, por causa da censura.Paulinho da Viola, em 1971, teve no seu álbum “Paulinho da Viola”, duas canções proibidas: “Chico Brito” (Wilson Batista – Afonso Teixeira), música composta em 1949, e “Um Barato, Meu Sapato” (Paulinho da Viola – Milton Nascimento), ambas vetadas sob a alegação de que evidenciavam o clima marginal do samba.

Outros Tantos Vetos
Vale registrar, ainda, que em 1972, Jards Macalé teria que reescrever sete vezes a letra de “Revendo Amigos” (Jards Macalé – Waly Sailormoon), do álbum “Movimento dos Barcos”.Sérgio Bittencourt, jornalista e compositor, filho de Jacob do Bandolim, em 1970, teve a sua música “Acorda, Alice”, proibida pela censura da ditadura militar por causa do verso “Acorda, Alice/ Que o país das maravilhas acabou”. Esta canção seria gravada por Waleska já na época da abertura política.Rita Lee teve as músicas “Moleque Sacana” (Rita Lee e Mu) e “Gente Fina” (Rita Lee) censuradas, a primeira por causa da palavra sacana, considerada obscena, a segunda porque poderia ferir os bons costumes da época.Carlos Lyra sentiu o gosto da censura com a sua música “Herói do Medo”, proibida por causa dos versos “odeio a mãe por ter parido” e “o passatempo estéril dos covardes“. Carlos Lyra não alterou o conteúdo da letra, preferiu sair do país.Belchior, que durante muito tempo foi considerado autor marginal, teve a música “Os Doze Pares de França” (Belchior – Toquinho) censurada, porque para os censores, os autores vangloriavam a França, fazendo dele um país melhor para se viver do que o Brasil. Também a canção “Pequeno Mapa do Tempo” (Belchior), de 1977, uma crítica implícita ao regime, por causa dos versos “eu tenho medo e medo está por fora” e “eu tenho medo em que chegue a hora, em que eu precise entrar no avião“, uma alusão ao exílio, os censores concluíram que a música trazia mensagem de protesto político.Ao contrário do que se pensa, o cantor e compositor Luiz Ayrão foi um dos artistas brasileiros que mais contestou a ditadura militar. A sua música “Quem Eu Devo é Que Deve Morrer”, tem como tema uma dívida pessoal que só será paga se Deus quiser. Também a dívida externa brasileira encontrava-se nessas condições. Luiz Ayrão faz um samba provocativo. Diante da afirmação do verso “quem eu devo é que deve morrer“, a canção é vetada, sendo a proibição justificada pela censura porque a letra era um incentivo ao homicídio, com uma mensagem de caráter negativo.Sueli Costa deu a canção “Cordilheira” (Sueli Costa – Paulo César Pinheiro) para Erasmo Carlos gravar. Feito o registro, a canção jamais saiu, sendo proibida. Os autores chegaram a ir a Brasília em busca de uma explicação para o veto. Encontram o silêncio dos censores, sem nenhuma justificativa. Mas os versos falavam por si: “Eu quero ver a procissão dos suicidas, caminhando para a morte pelo bem de nossas vidas”. “Cordilheira” é uma das mais belas canções de teor contestatório já feita no Brasil. Quando liberada, seria gravada por Simone, em 1979, no álbum “Pedaços”. O registro de Erasmo Carlos só saiu em uma caixa de cds comemorativos à carreira do cantor. Outra canção censurada de Sueli Costa foi “Altos e Baixos” (Sueli Costa – Aldir Blanc), que cantava de forma densa uma cena de agressão entre um casal, que trazia um casamento desgastado. A música falava de uísque, Dietil, Diempax, e foi justamente por ter citado o nome do ansiolítico Diempax, que a canção foi censurada. Elis Regina conseguiria a liberação da música, gravando-a no seu álbum “Essa Mulher” (1979).

O Brega ou Popularesco, Nada Escapa à Censura
Como já se pôde observar , a censura da ditadura militar não obedecia a nenhum critério. Qualquer ameaça não só ao regime por ela imposto ao país, como à sociedade conservadora que a ajudou a ascender ao poder e nele continuar por mais de duas décadas. Vestido de uma moral hipócrita, o regime militar barrava qualquer obra que suspeitasse ofender à moral, ou que se mostrasse obscena a essa moral. Em um mesmo contesto, tanto Chico Buarque, quanto Odair José, um cantor e compositor de sucessos popularescos, sem vínculos com qualquer militância política, ou mesmo o genial e popular Genival Lacerda, sofriam os reveses da censura. “Tanto Mar” (Chico Buarque), “Pare de Tomar a Pílula” (Odair José) e “Severina Xique Xique”, apesar de canções antagônicas, de vertentes diversas dentro da música brasileira, oscilando entre a canção política e a considerada “brega” ou “pimba”, eram consideradas pela censura um perigo latente ao regime e à moral que se construía naquela época. Em 1975, já Genival Lacerda tinha transformado a sua música “Severina Xique Xique” (Genival Lacerda – João Gonçalves) em um grande sucesso de público no nordeste brasileiro, quando foi vítima do preconceito das famílias do Ceará, que acusavam a palavra “boutique” de ter duplo sentido, ofendendo os bons costumes do lugar. Diante do protesto, o departamento regional da polícia federal do Ceará encaminhou a letra à Divisão de Censura de Brasília. Surpreendentemente, o técnico de censura de Brasília, mantém a liberação da música e afirma que a canção “é um veículo de integração da nacionalidade“. Este fato prova que a censura não vinha só do regime militar, mas da sociedade que apoiava este regime, e que muitas vezes, era mais repressiva e conservadora do que ele.Dentro do popularesco da canção brasileira, Odair José foi um dos compositores que mais sofreu com a censura. “O Motel” (Odair José), teve só pelo seu título, o veto da censura. Revelar a intimidade de um casal naqueles preconceituosos anos setenta era inconcebível para a censura militar. Outra música de Odair José vetada pela censura foi “A Primeira Noite”, considerada inconveniente para ser consumida pelo público jovem e adolescente da época. O autor mudou o título da canção para “Noite de Desejos”, conseguindo liberá-la e gravá-la. A mais polêmica música de Odair José foi “Pare de Tomar a Pílula”, onde ele pedia para a namorada deixar de usar anticoncepcionais para que pudesse engravidá-la. Vista à ótica do tempo, a canção chega a ser ingênua, de uma simplicidade quase grotesca, absolutamente inofensiva para um público atual, mas aviltante para as velhas senhoras que em 1964, saíram às ruas de rosários nas mãos, saudando, em nome da família brasileira, os golpistas militares.Dentro da corrente popularesca, a censura não poupou nem mesmo a dupla Dom e Ravel, que em 1970, tornara-se a menina dos olhos da repressão, com uma música que exaltava a nação, tornando-se o hino da ditadura: “Eu Te Amo, Meu Brasil”. O motivo que levou o regime a interrogar Dom e Ravel, foi quando eles apresentaram, em 1972, a canção “A Árvore”, os censores desconfiaram do trecho “venha, vamos penetrar”. Além de imaginar que o tema que falava de árvores, seria supostamente sobre a canabilis (planta da maconha). A música foi proibida, apesar de ter uma gravação da banda Os Incríveis, nunca foi lançada. A esta altura, a incoerência da censura já dava passagem para uma certa esquizofrenia social e política, sem ideologia ou razão.Dentro de um processo repressivo, todos os argumentos tornam-se incoerentes, a razão é substituída pela força bruta. A censura não constrói uma lógica, muitas vezes ela percorre movida pelas decisões pessoais dos censores. Para manter as necessidades de uma ditadura, a censura fazia parte da arma de propaganda do estado repressivo, podava a liberdade de expressão, principalmente as que feriam os princípios que justificam um governo ilegítimo, emanado da força, da opressão e da traição aos princípios da democracia.